As exportações brasileiras do agronegócio finalizaram o primeiro mês de 2012 com o montante de US$ 4,88 bilhões, 5,3% abaixo dos valores registrados em janeiro de 2011, US$ 5,15 bilhões. No âmbito das importações, houve decréscimo de 4,5% quando comparado com os números de igual período do ano passado, atingindo-se a marca de US$ 1,19 bilhão. O saldo da balança comercial do agronegócio um superávit de US$ 3,69 bilhões, US$ 215 milhões abaixo do saldo encontrado em janeiro do ano precedente.
Houve queda na participação do agronegócio nas exportações brasileiras totais, passando de 33,9% em 2011 para 30,2% nesse primeiro mês de 2012. Os principais setores exportadores do agronegócio nacional nesse mês foram: carnes (US$ 1,14 bilhão); produtos florestais (US$ 702 milhões); complexo soja (US$ 685 milhões); café (US$ 605 milhões); e complexo sucroalcooleiro (US$ 372 milhões). O principal responsável pelo recuo das exportações nesse período foi o complexo sucroalcooleiro, com uma queda de 52,7% em relação a janeiro de 2011 ou US$ 413 milhões a menor.
O setor produtivo de carnes foi o principal exportador do agronegócio no mês de janeiro de 2012, com um patamar de US$ 1,14 bilhão em vendas ao exterior ou 23,3% do total exportado pelo agronegócio brasileiro no período. As importações de produtos agrícolas também apresentaram queda no mês (-4,5%), com o montante de US$ 1,19 bilhão. O trigo foi o grande responsável por esse recuo, pois com importações de US$ 36 milhões e decréscimo de 77,0% sobre 2011, deixou de ser o principal item da pauta importadora.
O principal parceiro brasileiro permanece sendo a China, com a cifra de US$ 388,8 milhões e 8,0% de participação no total exportado pelo agronegócio brasileiro. Esses números representaram um crescimento das vendas em relação a janeiro de 2011 da ordem de 51,6% para esse parceiro asiático, além de um aumento da participação chinesa nas exportações agrícolas brasileiras de 3,0 pontos percentuais. O segundo principal país a importar os produtos do agronegócio do Brasil foram os Estados Unidos, com um valor de US$ 388,2 milhões (-1,5%) e participação de 8,0%, seguidos pelos Países Baixos (US$ 320,6 milhões) e Alemanha (US$ 242,4 milhões).
(Fonte: Leonardo Machado, assessor técnico da Faeg para a área de cereais, fibras e oleaginosas)